terça-feira, 9 de agosto de 2022

LEAN MANUFACTURING


 14 Princípios do Sistema Toyota de Produção


O link abaixo faz uma pequena demonstração de 14 principios fundamentais do Sistema Toyota de Produção.


LEAN MANUFACTURING

OEE - Overall Equipment Effectiveness - Eficiência Geral do Equipamento


W
orld Class OEE é o índice utilizado como benkmark mundial pelas indústrias. A média das empresas que possuem a melhor eficiência possuem o índice de 85%. Já as demais empresas possuem um índice médio de 60%, ou seja, tem espaço de crescimento de 40%, sem fazer qualquer tipo de investimento, pois os recursos já existem, para se chegar ao mesmo índice das melhores empresas (world class).

Em um mundo ideal, se utilizarmos todo tempo disponível, produzirmos tudo o mais rápido possível (esperado) e não tivermos perda alguma por qualidade, teríamos um índice O.E.E. de 100% (100% de uso do tempo disponível , 100% de aproveitamento do tempo e 100% de qualidade). A simples divulgação das metas (Disponibilidade, Performance e Qualidade) para todas as áreas envolvidas, com acompanhamento diário, com divulgação do impacto acumulado no mês, fará com que as áreas busquem atingir as metas rapidamente. Um outro exercício muito positivo, é buscar a explicação do motivo do não atingimento das metas. Conhecer e pontuar os problemas recorrentes, montando assim um plano de ação para correção. São ações simples que trarão uma grande melhora nos três indicadores, e com isto aumentar a competitividade da empresa. O link anexo faz uma demonstração real do cálculo do O.E.E. Espero que gostem do vídeo.


OEE - Overall Equipment Effectiveness - Eficiência Geral do Equipamento


Controladoria Eficiente e Eficaz


A controladoria sempre foi uma área de apoio a alta gestão da empresa no preparo de informações que os ajudassem na tomada de decisões, porém, nos dias atuais, principalmente devido ao grande nível de competitividade, a controladoria tem o papel de analisar o uso adequado dos recursos que a empresa deixa a disposição, sejam elas mão de obra direta, como também os custos fixos e investimentos realizados em máquinas e equipamentos. Não falarei aqui dos aspectos tributários, fiscais e legais, princípios contábeis ou auditoria, focarei no papel da controladoria no processo de fabricação e custeio. 

Muito mais do que apenas identificar se os recursos utilizados empregados estavam já programados no orçamento, é saber identificar se os recursos utilizados realmente estão produzindo o máximo esperado, ou seja, estamos sendo eficientes com aquilo que estamos gastando ou investindo? 

O nosso papel como Controler não é somente avaliar gastos realizados versus gastos orçados e explicar as variações. Se a Mão de Obra Direta foi projetada para produzir X peças, qualquer volume que ela deixar de produzir, impactará no custo dos produtos negativamente. Isto é avaliar a eficiência da produção. 

É neste sentido que o Controller tem que se envolver cada vez mais nos processos, e quando digo processos, é realmente conhecer como funciona o processo de produção, estar muito bem alinhado com a equipe de engenharia na definição dos outputs, nos tempos de processos, de forma que junto com a Engenharia tenha condições de projetar o custo mais eficiente possível (custo standard) e depois acompanhar dia a dia (acompanhamento diário mesmo) dos níveis de produção de forma que os níveis de produtividade reflitam os níveis de produtividade definidos pela engenharia e principalmente, que esta produtividade reflita nos custos esperados no orçamento ou definidos no custo standard. 

Não faz mais sentido a controladoria ter apenas conhecimentos de administração, finanças e contabilidade de custos, é fundamental que a Controladoria conheça os principais conceitos de Lean Manufacturing, pois são conceitos que ajudarão a Controladoria a usar as técnicas do processo de fabricação a seu favor e buscar os melhores resultados contábeis. Somente conhecendo o processo, saberá como medir diariamente, e não depender exclusivamente da engenharia para acompanhar os níveis de produtividade, e principalmente os reflexos da produtividade no custeio. 

Conceitos de VSM (Value Streem Mapping) e MPT (Manutenção Produtiva Total) também farão com que a Controladoria seja cada dia mais efetiva na busca do tão esperado resultado. É muito triste quando identificamos pessoas envolvidas no processo de produção que não tem noção do impacto negativo no custeio da produção quando a linha de produção fica parada, uma, duas, ou três horas. Não tem ideia de quanto custa inúmeras paradas para ajuste de setup não programados. Do quanto custa a não realização de um bom processo de manutenção preventiva. Até mesmo nos processos, quais agregam valor ao produto e quais não agregam valor, se a atividade não agrega valor ao produto, isto é desperdício, e precisa ser eliminado do processo. 

Demonstrar os custos da ineficiência diariamente fará com que todos busquem diminuir estes impactos. Tendo uma indicação clara dos principais motivos que geram ineficiência, a empresa terá condições de atuar e priorizar onde deve agir para resolver os problemas que resultam em ineficiência. Estes indicadores poderão demonstrar claramente as oportunidades de melhoria que precisam ser discutidas e resolvidas o mais rápido possível. 

Eu costumo dizer que o líder de produção tem que estar muito consciente do quanto custa cada minuto da sua linha de produção parada. Do quanto custa a ociosidade da linha de produção. O responsável pelas maquinas e equipamentos tem que ter a noção do quanto custa cada minuto de máquina parada, e buscar sempre, através da melhoria continua, buscar oportunidades que tragam aumento na produtividade. 

A indústria brasileira, e principalmente a que estamos inseridos (ZFM) tem um concorrente altamente eficiente, com um custo fixo muito baixo (por conta do seu alto volume de produção), nosso concorrente “chinês”. Muitas vezes, nossas próprias industrias possuem unidades no continente asiático e fica aquele dilema constante: fabricar em Manaus, e ter os incentivos fiscais ou produzir na China (na nossa própria fábrica)? Ou seja, nosso maior inimigo, muitas vezes, somos nós mesmos, por conta da nossa baixa eficiência. Além de atender a demanda esperada, de forma a manter os níveis de produtividade esperado e assim ter um custo adequado, também é preciso manter os níveis de qualidade da fabricação.

Acompanhar os indicadores de qualidade do processo de produção e do retorno em garantia são fundamentais, pois não adianta termos produtividade sem qualidade, precisamos ter produtividade com qualidade e com custo baixo, somente assim a fábrica será totalmente eficiente. Em momentos de crise, normalmente procuramos cortar despesas para tornar o custo do produto mais competitivo, porém imaginem uma fábrica que possua uma ineficiência de 10%, se o custo mensal da empresa for de quatro milhões de reais, quer dizer que a ineficiência fabril está custando por mês quatrocentos mil reais mensais (R$ 4.8M por ano). 

Pergunto: o que é mais fácil, cortar R$ 400.000/mês ou resolver os problemas que estão causando a ineficiência? E, para sua reflexão, será que a ineficiência da sua empresa não está sendo o seu maior ralo, onde todo o lucro esperado está indo embora? Será que “Ineficiência” não é o nome de um de seus principais fornecedores, e talvez até não esteja entre os TOP 5? E o que está agregando ao produto, certamente nada. 

Criar indicador de “custo das falhas”, onde todas as despesas que incorreram por conta de um erro de processo sejam mapeadas, determinando planos de ação e metas de redução também irão ajudar muito neste processo. São exemplos de custos de falha: fretes aéreos (onde poderiam ser utilizados fretes marítimos), ajustes de inventário, compras de fornecedores locais (para atender uma demanda não planejada adequadamente), perdas de matéria prima no processo produtivo acima do esperado pela engenharia, custos com atendimento em garantia acima do padrão estabelecido pela empresa, custos com retrabalho, obsolescência, material prima vencida, ou seja, qualquer gasto que ocorrer por uma falha de processo deveria entrar neste indicador. 

Quando comparamos um produto fabricado na ZFM e um importado, partindo de um mesmo preço de venda para o consumidor final, a vantagem do produto nacional, por conta dos incentivos fiscais acaba ficando muito pequena, e, quando não monitoramos a produtividade dia a dia, a perda por conta da perdas de eficiência acaba neutralizando qualquer vantagem que o produto nacional poderia ter, e acreditem, isto tem fechado muitas indústrias no Brasil, e principalmente aqui na ZFM. 


Então, é papel da controladoria demonstrar os custos das ineficiências e trabalhar junto com as áreas de engenharia de processos, produção, manutenção e qualidade de forma que juntos, o caminho da eficiência seja realmente trilhado e o resultado atingido, e como resultado, teremos produtos com custos competitivos e com a devida qualidade. Uma controladoria que ajuda sua empresa ser eficaz é o que chamo de uma controladoria eficiente e principalmente eficaz.

Publicação do Artigo em artigos de especialistas Alcebíades S Silva Plant Controller

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Impacto da Produtividade nos Custos da Empresa

Muitas empresas e muitos profissionais contábeis acabam não mensurando o quanto custa a "baixa" produtividade, ou linha ociosa, ou até mesmo o absenteísmo, e acabam não vendo isto como uma oportunidade de recuperação dos negócios.

Uma linha de produção bem dimensionada precisa ter indicadores de produtividade diários, e qualquer que seja o desvio, o impacto (custo) deverá ser informado aos gestores da empresa, que deverão analisar, justificar os motivos da quebra de produtividade, e principalmente ter um plano de ação para recuperar a produção ainda dentro do mês, de forma a não impactar o resultado, ou tomar medidas para que estes motivos não ocorram mais.


KISS

KISS é um acrônimo para "Keep it simple and straightforward", que quer dizer "Manter as coisas simples e objetivas". O conceito é que tudo funciona melhor se forem simplificadas, ao invés de complicadas. Portanto, a simplicidade deve ser um objetivo fundamental em um projeto e qualquer complexidade desnecessária deve ser evitada. Em 1970 o termo "Keet it simple" estava na moda, porém, no momento econômico que o Brasil está passado, é muito apropriado revermos todos processos de forma a torná-los mais eficientes, simples e diretos, e com isto mais baratos, fazer mais com menos.

FINEP


Crise versus Investimentos

Neste momento econômico, onde o custo do dinheiro está altíssimo, onde as linhas de crédito estão cada vez mais fechadas e os investimentos estão sendo todos cortados, vale a pena analisar os projetos de inovação tecnológicas que estão em andamento na empresa e tentar utilizar das linhas de financiamento reembolsáveis e também não reembolsáveis que o FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa pública brasileira que tem como missão promover o fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos, etc. Conheça um pouco mais pelo site www.finep.gov.br

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fluxo de Caixa parte II

Qual o montante que preciso para abrir um ponto comercial?

Está pergunta é feita com bastante frequência. Muitas vezes, os empreendedores se preocupam somente com o valor do ponto, valor da reforma, valor da divulgação da loja e o valor do estoque. Esquecem que durante alguns meses, o fluxo de caixa estará ainda em formação.

Você estará fazendo compras quase que à vista para compor seu estoque, e deve levar em consideração que este produto vai passar um tempo na prateleira, até ser vendido, e depois, quando ser vendido, se for no cartão de crédito em 3x, vai demorar mais uns 2 meses para receber.

Ou seja, no exemplo acima, se o produto ficar na prateleira 30 dias, você vai demorar quase 90 dias para receber o que você praticamente pagou a vista.

Se o produto da compra, for matéria prima, e necessita passa por um processo de industrialização, este prazo pode até duplicar, passando para 90 dias..

E, enquanto isto, como seu negócio vai sobreviver. Por isto, é importante você calcular direitinha a NCG - Necessidade de Capital de Giro. Planejar bem um fluxo de caixa, analisar os fluxos, negociar bem com os fornecedores, tentando esticar ao máximo a condição de pagamento, de forma que você consiga oferecer a seus clientes uma condição que fortaleça as vendas.

Espero ter ajudado,

Alcebiades

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